Parece que, em diversos países, as ações preferenciais estão sendo reclassificadas do Patrimônio Líquido para o Passivo da empresa.
A lógica por trás disso é que o portador de ações PN não tem qualquer participação na administração do negócio. A relação é muito mais próxima a um credor ou debenturista: a empresa precisa periodicamente entregar parte dos lucros para esses "acionistas".
Ou seja, as PN estão sendo entendidas como um título de dívida:
- Negociável em mercado de Bolsa;
- Sem prazo de vencimento;
- Não resgatável pelo portador;
- Resgatável pela empresa (já que ela pode recomprar essas ações)
- Sem valor fixo de pagamento de "juros", ficando dependente da geração de lucros e da decisão da empresa.
Isso vai ao encontro do que sempre falamos aqui: Sócio é ON.
@mille, gostaria da sua opinião sobre a ideia de os balanços das empresas sofrerem os seguintes ajustes:
- Reclassificar os pagamento de JCP e dividendos da PNs como algo semelhante pagamento de empréstimos/debêntures.
- Retirar as PNs do Patrimônio Líquido e colocá-las no Passivo de Longo Prazo (numa das últimas linhas, pela sua baixíssima exigibilidade).
O que você acha? Isso daria uma visão mais clara do que os acionistas têm de verdade? "limparia" os indicadores?
Se você achar útil, uma pergunta: por qual valor as PNs devem ser reclassificadas:
- Pelo valor patimonial lançado no balanço?
- Ou pela sua cotação?
A cotação me parece mais fiel, já que o valor patrimonial das ações é meio arbitrário e a cotação é o valor mais real do que a empresa teria que pagar naquele momento se quisesse pagar a "dívida".